sexta-feira, 6 de junho de 2014

O sonho de ser mãe


Há 9 anos sou casada e acabo de completar 41 anos.
O sonho de ser mãe sempre me acompanhou. Acho que já nascemos com esse instinto materno. Há sempre aquela vontade de dar continuidade à nossa história, sonho de ter uma família completa, que sempre entendemos como pai, mãe e filho.
Tanto eu quanto meu marido já fomos casados anteriormente. Eu não tive filhos e ele teve duas filhas. E após o nascimento delas fez vasectomia. Portanto, tínhamos um problema.
Sempre disse a ele que não abriria mão da vontade de ter um filho, ou pelo menos de tentarmos. Ele disse que estaria disposto a isso, e assim nos casamos.
Vida que segue e acabamos adiando a tentativa, primeiro por questões financeiras, depois acabamos nos separando por um tempo, e este plano foi ficando de lado.
Até que há 2 anos atrás fizemos a primeira tentativa de fertilização in vitro (conhecida como fiv). Não deu certo, o que foi um momento de muita tristeza, frustração e dúvida. Será que algum dia eu iria realizar o meu sonho?
Depois disso, resolvemos que meu marido iria reverter a vasectomia, apesar de já fazer muito tempo da cirurgia. E assim foi feito. E deu certo, segundo o urologista dele afirmou na época. Ele voltou a ejacular os espermatozóides.
Depois disso, ainda descobri que tinha um pólipo no útero, que poderia atrapalhar a gravidez e também foi retirado.
Aí começamos as tentativas naturais. Tentamos durante 1 ano.
E como minha idade e ansiedade só avançavam, resolvemos procurar um especialista em reprodução assistida.
A primeira providência foi fazer um espermograma no meu marido. Não um espermograma comum, um exame mais detalhado da quantidade e qualidade dos espermatozóides. E o resultado foi que, apesar de ele ter voltado a ejacular os espermas após a reversão da vasectomia, os mesmos não eram aptos a fertilizarem o óvulo. O tratamento indicado então seria a fiv.
Foi um momento muito tenso, triste e angustiante. Passar por um tratamento de novo e toda aquela incerteza novamente? Bem, não tínhamos outra alternativa.
Então, novamente me submeti a fiv. Já que nosso objetivo aqui no blog é tirar algumas dúvidas, vou explicar como funciona a fiv. Obviamente, que com as minhas palavras de leiga no assunto. Não sei os termos médicos, mas vou colocar a minha experiência. Lembrando sempre que cada caso é um caso, e que há algumas diferenças no tratamento de cada mulher, dependendo da idade, motivo da infertilidade e outros fatores.
Em primeiro lugar, nos submetemos a várias injeções subcutâneas de hormônios a serem aplicadas na barriga por nós mesmas, e também fazemos algumas ultrassons durante cerca de 10 dias, tudo para acompanhar a evolução no crescimento dos folículos (lugar onde ficam os óvulos).
O tratamento consiste em aumentar o número de folículos para que assim produzamos mais óvulos e tenhamos mais chance de fazer os embriões, após a fertilização com os espermatozóides, já que normalmente produzimos só um óvulo, em média, por mês.
Depois que há esse aumento na produção dos óvulos, marca-se um dia para ser feita a punção dos mesmos, para que assim sejam feitos os embriões. Nesse mesmo dia, há a coleta dos espermatozoides do marido.
Após 3 dias, ficamos sabendo quantos óvulos foram fertilizados, ou seja quantos embriões conseguimos, e é feita a transferência dos embriões para o útero materno.
No meu caso, foram 5 embriões fertilizados. E também há uma gradação na qualidade destes embriões. Eu tive 3 embriões “A”, 1 “B” e 1 “C”. A qualidade dos embriões depende 70% da qualidade dos óvulos e 30% da qualidade dos espermatozoides.
Após os 40 anos, pela lei, pode-se optar por colocar até 4 embriões. Optamos por colocar 2 e nos foi explicado que os outros 3 iriam ficar em laboratório para acompanhar a evolução e ver se estariam aptos a serem congelados após 3 dias.
Fizemos a transferência de 2 embriões, que é a colocação dos mesmos no útero materno, esperando que se desenvolvam e assim se dê a tão sonhada gravidez.
Após 3 dias nos foi comunicado que 2 embriões dos 3 deixados no laboratório foram congelados e que 1 realmente não se desenvolveu para tanto.
Após a transferência, nos é informado que devemos ficar de repouso somente no dia, e que depois é vida normal. No 11º dia deve-se realizar o exame de beta hcg para ver se conseguimos a gravidez ou não.
Vocês devem imaginar o que são esses 11 dias... Muita espera, muita expectativa, muita angústia, muito medo, muita ansiedade, muitas dúvidas, noites mal dormidas e nada que se possa fazer, a não ser esperar.
Fucei muito na Internet e acabei vendo que tinha uma frutinha chamada physalis que diziam ser bom para ajudar a fixar os embriões. Fui lá e comprei. Foi a única coisa que fiz, além de alguns medicamentos que ainda continuava tomando por prescrição médica.
Então, no 11º dia, lá fui eu pro laboratório tirar sangue. Disseram pra mim que o resultado sairia no mesmo dia. Bem, fiquei até a meia-noite entrando na Internet e nada do resultado.
Nem preciso dizer que não dormi e que a todo momento você pensa em todas as possibilidades. E se der negativo? E se der positivo? Como vou falar pro marido? O que vou sentir? Como vai ser?
No dia seguinte, acordei e fui direto pro computador. Quando abri, a maior e melhor surpresa da minha vida. Positivo!!! Eu estava grávida!!!
Não sei explicar com palavras o que senti. Comecei a tremer, a chorar, a falar sozinha, a ver se estava vendo certo... Depois corri pros braços do meu marido aos prantos e contei pra ele.
Foi um alívio, uma felicidade, uma emoção indescritível.
Após 2 dias, teria que repetir o exame do beta hcg. Essa era a indicação do médico. Acho que em função do tratamento teria que ter um segundo exame para ver a evolução da gravidez. Se realmente havia vingado.
Fiz o exame, e a quantidade de beta hcg deveria duplicar. No primeiro teste, tinha dado 51,2, sendo que acima de 25 é o indicativo de gravidez. No segundo teste, deu 144,4. Ou seja, o que tinha que duplicar quase triplicou. Liguei pro meu médico que ficou todo feliz também e me disse que como a contagem da fertilização é diferente, eu já estava com 4 semanas.
E aqui estou eu, GRÁVIDA, contando a minha história pra vocês, e aguardando para fazer minha primeira ultrassom daqui 2 semanas.

Estou à disposição para ajudar quem tiver qualquer tipo de dúvidas a respeito de fiv (o que eu souber, claro) e conto com a torcida de vocês!

quinta-feira, 5 de junho de 2014





Olá, Mamães Tentantes !

Fiz esse Blog juntamente com minhas amigas do Instagram e do Whatssapp, para assim podermos trocarmos experiências e assim também podermos ajudar as outras tentantes !
Neste blog, várias pessoas irão postar e sempre no final iremos colocar nosso instagram para que todos vocês saibam quem está postando.

Esperamos muuuuuuuito poder ajudar cada uma de vocês!

Agradecemos a visita !  RUMO AO POSITIVO !